Associação Xiao Hong de Kung-Fu Shaolin

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Surgimento do Louva-a-Deus




Wang um notavel  guerreio que tinha habilidades com espada foi  ao Templo Shaolin e publicou um desafio aos monges para testar suas habilidades contra ele, em duelo amigável. Devido a sua  insistência repetitiva, o monge mestre permitiu a Wang ter o seu desejo realizado.
Um monge novato foi enviado para lutar contra ele. Para a surpresa e vexame de  Wang, ele foi decisivamente derrotado por um noviço. Se resguardando  isoladamente nas montanhas, Wang estava determinado a provar suas habilidades aos monges.
Ele treinou diligentemente seu estilo "Caminho da Espada"( Tsien Tao ) enquanto  ao mesmo tempo, constantemente se exercitava e fortalecia seu corpo. Ele voltou ao monastério convencido que estava pronto a mostrar aos monges sua superioridade, agora obtida. Os monges aceitaram mais uma vez o convite para  contestar suas habilidades. Novamente ele enfrentou o monge mais novo. Com um  sentimento de entusiasmo ele venceu o jovem monge principiante. Derrotou ainda outro monge, de baixa graduação, e outro de categoria mais elevada.
Wang estava começando a sentir confiança em sua invencibilidade até que enfrentou o monge mestre. Com a ordem Shaolin observando, Wang não foi capaz de tocar o mestre. Foi totalmente derrotado. Novamente, para tratar de seu corpo e do seu  orgulho ferido, Wang desapareceu na floresta para contemplação.  
Um dia, enquanto descansava debaixo de uma árvore, Wang ouviu a longa nota aguda de uma cigarra em um galho baixo no arbusto acima dele. Olhando silenciosamente para o alto, Wang reparou em um frágil, com aparência quase quebradiça, Louva-a-Deus engajado em uma luta de vida ou morte com a grande cigarra. A cigarra estava fazendo o máximo, sua cabeça contra o Louva-a-Deus quase o imobilizava com sua tenacidade . Foi quando o Louva-a-Deus reagiu com  ferocidade usando sua forte virada de patas e mordendo a boca para agarrar a  robusta cigarra e desfazer-se da posição em que estava.
O carnívoro Louva-a-Deus consumiu a sua vítima. Altamente impressionado com o que vira, Wang decidiu capturar o inseto vitorioso e então observar os seus movimentos defensivos e ofensivos.
 Usando um graveto de pequeno comprimento, ele cutucava e provocava o Louva-a-Deus em todas as direções. Invariavelmente, o Louva-a-Deus, com sua  cabeça capaz de virar para qualquer direção, se defendia efetivamente quando provocado de frente ou de costas. O perseverante inseto tornou-se a nova inspiração de Wang para o seu novo sistema de combate. Com cuidado meticuloso, ele ordenava os movimentos defensivos e ofensivos do inseto em uma
arte de luta humana. Ele a dividiu em três principais categorias : Peng Pu, método importante de bater ou tirar o antagonista de seu balanço, Lan T’seh, usado para restringir ou reduzir a força do oponente, e Pa Tsou, a defesa "oito cotovelos".
 Depois de sua preparação pessoal concentrada e fixa, ele finalmente acreditou que estava preparado para testar seu novo estilo de luta contra o mestre dos  monges. Armado com seus movimentos inspirados no Louva-a-Deus, Wang  extraordinariamente derrotou o mestre dos monges com suas táticas de inseto selvagem nunca antes usadas por um homem. Os monges, respeitosamente,  aceitaram a sua derrota mesmo com surpresa e procuraram aprender o novo e estranho sistema. A palavra de sua vitória se espalhou pelas províncias. Wang Lang era o novo herói das artes marciais. Ele logo foi rodeado por discípulos. O sonho das artes marciais de Wang Lang foi finalmente realizado. Sua escola de auto defesa do Louva-a-Deus se tornou extremamente proeminente no Nordeste da China, considerada por alguns como sendo a maior durante seu tempo de vida.

O venerável Wang morreu anos mais tarde, feliz e famoso mestre de luta. De  qualquer forma, sua cuidadosa herança do estilo Louva-a-Deus se dividiu na  dinastia Ch’ing quando quatro discípulos, cada um desejando inovações e procuraram se desligar da escola fundadora. O Mestre Louva-a-Deus disse então que, seus desejos poderiam ser satisfeitos com uma condição, que cada discípulo  nomeasse seu sistema individualmente, de acordo com as marcas das costas de um Louva-a-Deus capturado por cada um.
Um tinha a aparência do símbolo Yin-Yang ( Tai T’si ), outro parecia com uma flor de ameixa ( Mei Hua ) e no outro,  um conjunto de marcas que tinham a aparência de sete estrelas ( Tsi T’sing ) .
Houve um Louva-a-Deus que não tinha marca aparente. Este estilo ficou conhecido como estilo despido ( estilo sem marca - Kwong P’an ).
 

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